sexta-feira, 2 de abril de 2010

A construção do maior império da antiguidade. (Parte 2)

Um dos problemas enfrentados pelos políticos romanos foi a questão da terra, associado à grande desigualdade social que afligia a maior parte da população.
Em 133 a.C., Tibério Graco conseguiu a aprovação de uma lei agrária que limitou a extensão dos latifúndios da nobreza e autorizou a distribuição de terras públicas para os desempregados.
Essa lei desagradou aos grandes proprietários, que se opuseram à sua aplicação. Em 132 a.C, Tibério Graco e mais 500 partidários da lei agrária foram assassinados.
Os massacres dos sem-terras e dos escravos rebelados eram sintomas da crise generalizada do regime republicano. Roma crescera, tornara-se um império mundial. As instituições concebidas para o autogoverno de uma sociedade de pequenos proprietários agrícolas não funcionavam mais.

Num clima de crescente instabilidade, diversos chefes militares passaram a disputar o poder. Roma conheceu os governos autoritários dos generais Mário e Sila. Este último derrotou Mário e se tornou ditador vitalício, mas abdicou em 79 a.C., abrindo caminho para os triunviratos ( governo de três pessoas).
O regime republicano de Roma foi o resultado da mistura de elementos monárquicos (Magistraturas), aristocráticos (Senado) e democráticos (Assembléia).

No século I a.C., era enorme a diferença entre a pequena cidade nascida às margens do Tibre e a Roma toda-poderosa, agora senhora do Mediterrâneo. A economia, a política, a vida social e religiosa dos romanos passaram por profundas transformações. Logo ficou claro que as instituições republicanas adequadas às necessidades da cidade, não serviam para aquele Estado que abrangia todo o Mediterrâneo.
Todas as mudanças ocorridas na sociedade romana devido às influências externas eram exploradas pelos grupos que lutavam pelo poder. Os nobres, filhos de magistrados, tinham fácil acesso a cargos públicos. Apoiado pela clientela elegia-se magistrados, em geral comprando votos ou falsificando o resultado das eleições. Quando julgados, eram beneficiados pelos juízes, pertencentes à mesma camada social.

Os maiores adversários dos nobres eram os cavaleiros, que queriam participar da política para ampliar seu poder econômico. Encontravam, entretanto, resistência dos patrícios, que os impediam de ocupar cargos na magistratura e no senado. A plebe ora exigia a distribuição de terras públicas e a limitação do tamanho das propriedades dos ricos, ora se contentavam com as esmolas que recebia; era, portanto, instrumento nas mãos de patrícios ou cavaleiros.
Os aliados aos romanos sofriam as mesmas privações da plebe mas não tinham os mesmos direitos; por isso, passaram a exigir igualdade política.
A República romana estava às portas da guerra civil, que acabaria por desintegrá-la e implantaria o regime imperial de governo.

Cont.

Bibliografia de referência:

01.História: das cavernas ao Terceiro Milênio: volume único/ Myriam Becho Mota, Patrícia Ramos Braick.-1.ed.-São Paulo: Moderna, 1997.
02.ARRUDA,José Jobson de A. e PILETTI,Nelson.Toda a História.11.ed.,editora Ática,2002.

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