sexta-feira, 2 de abril de 2010

A construção do maior império da antiguidade (Final).

Otávio, o primeiro imperador, acumulou os títulos de: Augusto, antes destinado apenas aos deuses, pelo qual ele se tornou conhecido; Príncipe, primeiro cidadão de Roma; Imperator, comandante absoluto do exército; Pontifex maximus, sacerdote supremo; Tribunus potestas, Tribuno vitalício; e Pai da Pátria, um título jamais conhecido anteriormente.

As numerosas reformas administrativas, sociais e culturais realizadas por Augusto alteraram completamente a antiga organização republicana, dando início ao Império.
Augusto procurou primeiro pacificar os territórios dominados. Seu objetivo principal era consolidar e proteger as fronteiras do Império, dando-lhes segurança. Para defender a Gália das invasões dos povos germânicos, invadiu o norte da Europa. Após algumas vitórias, a expedição comandada por Varo contra o chefe germânico Armínio terminou em desastre, com três legiões massacradas. As fronteiras nessa região foram então fixadas no rio Reno.
Ao norte do Império, a fronteira era delimitada pelo rio Danúbio. No Oriente, Augusto anexou a Galácia e a Judéia; estabeleceu soberania também sobre a Armênia. Os limites nessa parte da Ásia iam até o rio Eufrates, além do qual viviam os partas.

O exército também passou por grandes reformas. Foi transformado em uma força permanente, composta de soldados profissionais e homens recrutados nas províncias, não mais por mercenários. Ao fim de 25 anos de serviço, os soldados recebiam uma recompensa em terra ou dinheiro. As legiões, com um total de 300 mil legionários, foram distribuídos ao longo das fronteiras para defendê-las contra os inimigos.
Ao longo do século IV, os povos germânicos que habitavam o norte da Europa invadiram o território romano, atraídos pelas terras férteis e mais quentes do sul. Aproveitavam-se das dificuldades que os romanos tinham para defender suas fronteiras. Eram também pressionados pelos hunos, guerreiros mongóis que se destacavam pela destreza insuperável nos combates, que se deslocavam por seu território.
Visigodos, francos, burgúndios, anglos, saxões, entre outros povos, começaram então a romper as fronteiras e a fragmentar o território controlado pelo outrora poderoso Império Romano. Os povos invasores eram chamados de bárbaros pelos romanos, por não terem os mesmos padrões culturais. Os hábitos desses povos eram considerados brutais e pouco civilizados; a língua era incompreendida e detinham pouca tecnologia em comparação com os romanos.
Após inúmeras invasões, os romanos controlavam apenas a península Itálica; os demais territórios do Império Romano do Ocidente eram controlados pelos invasores, declarados aliados.
Em 476, o Império Romano do Ocidente desintegrou-se. Odoacro, rei dos hérulos, dêpos o último imperador romano do ocidente, Rômulo Augústulo. Da poderosa Roma, restou apenas o Império Romano do Oriente, que se manteria ainda por muitos séculos.


Bibliografia de referência:

História: das cavernas ao Terceiro Milênio: volume único/ Myriam Becho Mota, Patrícia Ramos Braick.-1.ed.-São Paulo: Moderna, 1997.

Toda História
ARRUDA,José Jobson de A. e PILETTI,Nelson.11.ed.,editora Ática,2002.

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