sexta-feira, 2 de abril de 2010

O endeusamento do homem.


As profundas mudanças por que passou a Europa no final da Idade Média expressaram-se, no plano da cultura, em verdadeira revolução: o Renascimento, que se iniciou na península Itálica no século XIV e se estendeu até o século XVII por toda Europa. Os artistas, escritores e pensadores renascentistas exprimiram em suas obras os ideais, os valores e a visão de mundo da nova sociedade que emergia da crise do mundo medieval.
Na Idade Média, grande parte da produção intelectual e artística estava ligada à igreja. Seus temas e seus valores expressavam uma dimensão religiosa e as relações com Deus. Na Idade Moderna, a arte e o saber voltaram-se para o mundo concreto, para a humanidade e sua capacidade de transformar o mundo. [1]
O Renascimento teve início na península Itálica, e foi apoiado pelos burgueses, que se tornaram os principais patrocinadores desse movimento.
As principais características da sociedade renascentista foram o racionalismo, o individualismo e o antropocentrismo.
Essa filosofia humanista que até hoje é propagada em nosso meio, tem colocado o homem como o centro de tudo, excluindo a Palavra de Deus e o próprio Deus, de suas conjecturas. Essa filosofia ensina que o homem e o universo são apenas originários da energia que se transformou em matéria, por obra do acaso.

“No princípio, criou Deus os céus e aterra.” (Gn.1:1).

“E disse Deus: façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.” (Gn.1:26).

Muitos tem distorcido a mensagem de Gênesis 1.26 , inclusive alguns “cristãos” que admitem a divinização do homem, baseando-se em uma exegese totalmente falsa do texto de Gênesis 1.26.
Esse texto, apenas esclarece que o homem tem um valor especial como criatura. E que a imagem de Deus refere-se apenas à nossa natureza moral-intectual-espiritual. Não podemos interpretar como se fosse semelhança física. Deus não possui forma física ou humana.

“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, por que o Pai procura a tais que assim o adorem.
Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (Jo. 4.23,24).

Então, concluímos que a cultura renascentista e moderna está ligada ao antropocentrismo do grego anthropos (humano); e kentron (centro) que é uma concepção que considera que a humanidade deve permanecer no centro do entendimento dos humanos, isto é, o universo deve ser avaliado de acordo com a sua relação com o homem.
O humanismo renascentista propõe o antropocentrismo no lugar do teocentrismo, que mostra Deus no centro de tudo.

“Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!” (Rm 11.36).

Referência Bibliografica:

01.ARRUDA,José Jobson de A. e PILETTI, Nelson. Toda a história.11º.ed.São Paulo,Àtica,2002.

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